terça-feira, 23 de novembro de 2010

ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: DE UMA PRÁTICA EDUCACIONAL COMPENSATÓRIA A UMA PRÁTICA EMANCIPADORA E TRANSFORMADORA

Aluno: Letícia de Castro Corrêa (Unesp/Bauru)
Coordenador: José Carlos Miguel (Unesp/Marília)
Orientador: Antonio Francisco Marques (Unesp/Bauru) 

Introdução
A formação de professores tem sido um grande desafio para a sociedade brasileira neste inicio de um novo século onde a escola continua ser relevante ou mesmo imprescindível para formação cidadã da população, com parte significativa excluída usufruto dos bens materiais e culturais, enfim pessoas que estão na condição de não-cidadãs.
No município de Bauru contamos com o CEJA - Centro Educacional de Jovens e Adultos. conta com prédios construídos especialmente para a educação de jovens e adultos (os Pólos), parceiro no desenvolvimento das atividades do Pibid, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência, que tem por objetivo elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores dos cursos de licenciatura das instituições de educação superior.

Metodologia
Local: Sala de aula de jovens e adultos situada no Caps (Centro de apoio psicossocial) de Bauru, no Pólo do Jardim Petrópolis em salas próprias com lousa mesa e cadeiras de 1º a 4º série do Ensino Fundamental, vinculada a Secretaria Municipal de Educação de Bauru.
População: 18 educandos, entre homens e mulheres, com algum tipo de deficiência ou que apresentam limitações físicas e psicológicas que por vezes acabam dificultando o aprendizado dos alunos.
Período: A bolsista acompanha os trabalhos desenvolvidos em sala de aula duas vezes por semana, às quartas e quintas-feiras três horas e meia por dia, das 13:00 à 16:30, desde o inicio de 2010. 

Objetivo
Este trabalho tem por objetivo relatar duas experiências referente ao acompanhamento de uma turma de EJA em uma escola pública, que evidencia realidades similares, em que praticamente todos os alunos são portadores de alguma deficiência.
 
Desenvolvimento
• Maior desafio dentro da realidade destas salas é a heterogeneidade, a diversidade níveis, e a necessidade de elaborar atividades para cada aluno ou grupo,  
• Foram desenvolvidas atividades específicas com os alunos da 1º e 2º série voltadas para a alfabetização e produção de textos.
• Todas as atividades desenvolvidas, a cada contato e conversa exigem uma reflexão da prática, exigem a constante busca de modos diferentes de ensino, novas atividades que sejam interessantes e significativas para cada aluno . 
• Mas, ainda encontramos atividades mimeografadas, copiadas de cartilhas ou livros de ensino infantil e fundamental, o que é preocupante, já que a sala é muito fragmentada em questão de conteúdo, então dessa forma o trabalho fica descontextualizado, e sem um tema gerador, que envolva os alunos enquanto sala de aula.

Considerações Finais
Esse trabalho tem permitido o contato com a diversidade que temos em sala de aula, vivenciar a adequação dos conteúdos, de acordo com cada aluno e suas fases de desenvolvimento, perceber quais são os pontos que precisam ser melhorados e melhor elaborados.
A participação neste programa permite que a cada dificuldade encontrada, possamos buscar soluções, pesquisar a melhor forma de se ensinar e refletir sobre as situações de aprendizagem.
Ao longo do ano pudemos perceber a evolução dos alunos, em atitudes simples do cotidiano que revelam a mudança de comportamento e melhoria nas suas vidas.

Referencias
FÁVERO, Osmar et alii. Tornar a educação inclusiva. Brasília: UNESCO, 2009, p. 141-157.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 49ª reimpressão. São Paulo: Paz e Terra, 2010. 

Um comentário:

  1. Como nosso curso não oferece muito nessa área, foi importante vocês terem proporcionado esses planos de aula.

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